domingo, janeiro 30, 2005

Estrelas..

Vivi notas como estas que agora tocam.
Em doces licores vermelhos
senti o prazer de lábios.
Nos corredores de bares,
soavam musicas que corpos dançavam.
Em cantos escuros corria a paixão
e quantas vezes nós dissemos
que seriamos folhas ao vento,
como aquelas que voam nas mágicas tardes de Outono.
O fogo crepitava e eu, de frente para o lago,
sabia que mil vezes
o Homem tinha olhado para a lua
e feito nascer uma estrela.

Sentimos medo,
o silêncio e mistério
e na noite,
no mundo dos poetas,
a morte tornou-se a minha companheira,
deixando a tua imagem nas águas do lago.

Ainda hoje vejo o teu sorriso
nos crescentes do luar.
Tu já és estrela,
eu, resta-me apenas sonhar

Dedico este poema ao Amor, a todos os sonhadores e amantes, que fazem da noite o reino das estrelas. E, a essa estrela em especial, que deixou o seu sorriso no lago da minha vida.

Mem Gimel Trismegistus

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Um dia...


Posted by Hello
Um dia lembrei-me do momemto...

A lua começou a subir,
a suavidade do tempo nos faz sentir,
a amor que nos envolve,
a harmonia que em nós promove
todo o sentido do sentimento,
toda a força de cada momento.
A simplicidade do viver
o deixar acontecer,
nossos lábios a se tocar,
as nossas almas a se ligar..
E toda a saudade.
Pois somos um só de verdade,
água do mesmo rio,
chama do mesmo pavio,
raio do mesmo sol,
um belo canto de rouxinol.
Os sons de um piano,
Um canto de um suprano....

Mem Gimel Trismegistus

Mundos


Posted by Hello
Nos mundos da fantasia
a lua que nasceu no teu olhar
fez de mim um som da noite.
Tornei-me o murmúrio dum mistério,
o pulsar de um cristal.
Transformei-me nos braços do vento,
Acalento o desejo do teu corpo.
Não sei se me perco
nas palavras que digo.
Não sei se me cego
quando a coruja pia
nos ramos altos da oliveira.
Ardo como esse azeite
das lamparinas encantadas
que iluminam a noite persa.
Disperso no ar o motivo
que faz de um som uma silaba da noite.
Chorarei sobre o teu corpo
quando os meus lábios beijarem o teu ventre
e a ti, quando poemas eloquentes
exaltarem uma beleza
que fará o homem imortal,
entregarei eu a minha vida
no instante mágico, num segundo do teu luar.
Acordarei eu de um sonho,
tendo-te a meu lado.
Então, repousaremos no leito do universo
cobertos pelo manto das estrelas,
naquele quarto que se chama eternidade.

Mem Gimel

sábado, janeiro 22, 2005

Silêncio


. Posted by Hello
Hoje vou escrever palavras ao vento.
Um olhar que se debruça sobre o infinito, irá encontrar a alma que o dirigiu. Onde terminam as estrelas? Onde se situa o pensamento que as originou?

No centro do tempo encontrasse a verdade do circulo eterno da vida. O meu olhar dirige-se para lá e dos sons da natureza, lá, apenas encontro o silêncio da forma. O ser Humano tornado perfeito pelo punção do abstracto da palavra.

Apenas sou uma ideia, enclausurado nas arestas de um triângulo rodopiando sob o eixo da vida, oscilo sob os dois limites de um plano, o céu e a terra ou o Inferno e o Éden.

Invisto no etéreo do real, suportado pelas asas da compreensão e bebo o néctar do divino.
Desbravo os caminhos da dor, os penhascos dos sonhos, para poder lançar-me das escarpas das verdades no ultimo minuto da minha vida. Nesse momento, Levarei todas as minhas memórias comigo, sorrindo, concluindo que tudo, mas tudo o que vivi foi o segredo de um olhar, um segundo da génese de uma estrela.


Mem Gimel

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Atlantida


. Posted by Hello
O texto seguinte foi escrito por Diodoro Sículo, um historiador de Agira, Sicília, contemporâneo de Julio Cesar e de Augusto.

"Os atlantes afirmam que Urano foi o seu primeiro rei e que ele civilizou o povo, levando-os a residir em cidades e a cultivar o solo. Tinha sobre seu domínio a maior parte do mundo, especialmente para norte e Oeste. Entusiasta do estudo da astrologia, profetizou muitos eventos futuros e instituiu o calendário solar e o mês lunar como medidas de tempo. O povo repleto repleto de admiração pelas suas capacidades, prestou-lhe homenagens divinas depois da sua morte e deu aos céus estrelados o seu nome.
Urano teve quarenta e cinco filhos de várias mulheres e dezoito de Titeia ou terra, que ficaram a ser conhecidos como titãs, ou povo terreno. As suas filhas mais conhecidas são Basileia e Reia ou Pandora. Basileia, a mais velha, era tão solicita no cuidado dos seus irmãos que ficou conhecida como grande mãe, e após a morte de Urano, foi eleita rainha por sufrágio geral entre o povo. Desposou o seu irmão Hipérion e com ele gerou Hélios e Selene, mais tardes deuses do sol e da lua, respectivamente. Mas os restantes irmãos, temendo que Hipérion pudesse usurpar o trono, chacinaram-no e afogaram o seu filho Hélios no rio Eridano ou Pó, em Itália. Selene, sua irmã que amava apaixonadamente o irmão, atirou-se do telhado e morreu.
Basileia, ao saber da morte dos filhos, enlouqueceu e passava o tempo a passear para cima e para baixo, de cabelo desgrenhado e enfeitada com adornos, tocando desvairadamente o pandeiro e o címbalo. Quando o povo conseguiu dominá-la, rebentou subitamente uma tempestade de chuva, trovões e relâmpagos e ela nunca mais foi vista.
Após a morte de Hipérion, os filhos de Urano dividiram o reino entre si. Os mais conhecidos eram Atlas e
Saturno. Atlas assumiu o controlo do território junto ao oceano, chamando ao povo que o habitava Atlantes, e ás suas grandes montanhas Atlas, o seu próprio nome. Tal como seu pai, Urano, Atlas era um sábio astrólogo e foi o primeiro a descobrir o conhecimento da esfera, de onde nasceu a lenda de que carregava o mundo sobre os ombros. O mais conhecido dos seus filhos foi Hesper, que, enquanto observava os movimentos das estrelas sobre o monte Atlas, desapareceu numa tempestade. O povo, lamentando a sua sorte, deu à estrela da manhã o seu nome.Atlas tinha também sete filhas, às quais chamavam, em homenagem ao seu pai, Atlandidas. Os seus nomes eram Maia, Electra, Taígeta, Astérope, Alcíone e Celeno. A sua descendência constituiu os primeiros antepassados de várias nações barbaras, bem como gregas. As atlânticas tornaram-se a constelação das Plêiades e eram adoradas como deusas. Também as ninfas eram, vulgarmente conhecidas como atlantidas. Saturno, irmão de Atlas, era profano e ambicioso.. Do casamento com a sua irmã Reia nasceu Jupiter, que não deve ser confundido com Jupiter, o irmão de Celo ou Céu. Este Júpiter sucedeu ao seu pai Saturno como rei dos Atlantes, ou destronou Saturno. Saturno, segundo consta, declarou guerra ao filho com a ajuda dos Titãs, mas Júpiter venceu-o numa batalha e conquistou todo o mundo."

sábado, janeiro 15, 2005

Misere Mani

I will loock in the sky I will search for the signs
Who tell us all about where we'll be tomorrow
I will read all the books of many continents
To tell you all about the legends of the past

I will wait for the sun on the top of the world
to tell tou all about the beauty of the light
but if you loock inside yous soul
The World will open to your eyes
You'll see

I will stand in the rain hoping sun will come trough
and I'll see the colors of a misty Rainbow
I'll stay up in the Night looking on the shooting stars
to tell you how magic is the all Universe
But if you loock inside your soul
The world will open to your eyes
You'll see

Era

sexta-feira, janeiro 14, 2005

O Mistério de Merlin


. Posted by Hello
Depois de ter lido um artigo interessantíssimo acerca da personagem mística que é Merlin, decidi aqui colocar uma tradução de uma pequena parte desse texto.

“ (..) O Merlin “vulgar” é uma colecção de textos arturianos traduzidos para prosa inglesa durante o século quinze, vinte cinco anos antes de Malory. Aqui aprendemos que a mãe de Merlin, uma rapariga simples, foi seduzida por um demónio do inferno. Mas o feiticeiro Blaise, salva a situação cristianizando a criança, mesmo que o rapaz nunca possa aspirar a ver o paraíso, o mal que existe nele não está rendido a ser a parte mais fraca. Merlin, agora pode usar os poderes do inferno contra o próprio mal e o seu propósito é traçar o caminho para o Santo Graal.

Na “história” de Monmouth, a mãe de Merlin tornasse uma freira e o seu pai um incubus na pele de um jovem e atraente homem. Assim, pode dizer-se que Merlin é descendente de outra grande linhagem mitológica: O nascimento a partir de uma virgem.

Este parentesco misto parece ser a origem do seu comportamento excêntrico, a combinação de um feiticeiro e um homem selvagem. Isto explica o seu carácter velhaco que está sempre presente. (..) “

Inner Light Journal
Summer Solstice 2004
Vol 24 No 3

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Gilgamesh

Supremo sobre outros reis, cavalheiro na aparência,
é o herói, nascido em Uruk, o touro selvagem espicaçado.
caminha na dianteira, é o líder,
e caminha na retaguarda, tendo a confiança dos seus companheiros.
Rede poderosa, protector do seu povo,
Enraivecendo-se destrói até paredes de pedra!
Descendente de Lugalbanda, Gilgamesh é forte à perfeição,
filho da vaca de Agosto, Rimat-Ninsun;... Gilgamesh é terrível à perfeição.
Foi ele que abriu as passagens da montanha,
quem escavou os poços no flanco da montanha.
Foi ele que cruzou o oceano, os mares vastos, na direcção do sol nascente,
foi quem explorou as regiões do mundo, procurando vida.
Foi ele que alcançou por sua própria força de corte, Utanapishtim,
quem restaurou os santuários (ou cidades) que a inundação tinha destruído!
... para a humanidade abundante.
Quem pode comparar o seu reinar com o dele?
Quem pode dizer, como Gilgamesh: "eu sou rei!"?
Qual o nome, desde o seu dia de seu nascimento, foi chamado "Gilgamesh"?
Dois terços dele são deus, um terço dele é humano.
a grande deusa [ Aruru ] Moldou o seu corpo,
preparou a sua forma...
... bonito, o mais desejado dos homens,
... perfeito
...
Anda ao redor das muralhas de Uruk,
Como um touro selvagem, faz-se poderoso, cabeça levantada (sobre outros).
Não há nenhum rival que possa levantar a sua arma para ele.
Seus companheiros ficam (em alerta), atentos (ás suas ordens),
e o homem de Uruk tornasse ansioso...
Gilgamesh não deixa um filho a seu pai,
dia e noite ele é arrogante...

terça-feira, janeiro 11, 2005

O último abraço.


Posted by Hello
Jorra da minha alma,
a ultima réstia da esperança que possuo.
Que algum dia, a morte,
me tomará como doce amante nos seus braços
e; e somente aí,
serei amado.
O Amor de uma mãe que embala o seu filho.
O Amor que o Homem procurará
e que apenas o irá encontrar
nos braços da mais bela e terna das senhoras.


Mem Gimel

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Um hino à perfeição,..se é que ela existe!


. Posted by Hello

Ishtar


. Posted by Hello
“ a Deusa Ishtar personificava o planeta Vénus e a noite(..).

Os Sumérios chamavam Innina ( «dama do céu»), Innini, Inanna (..).

Classificava-se a si mesma como « deusa das manhãs e das noites» (..)

Como deusa da noite, favorecia o amor e a voluptuosidade; como deusa da manhã, presidia às guerras e ás carnificinas. (..)

É Ishtar, deusa do crepúsculo e da aurora, que faz a ligação entre o reino das trevas, onde domina Ereshkigal e o reino da luz, onde resplandece Shamash. Contribuía em grande escala para povoar as regiões infernais, porque era «a estrela da lamentação», que «leva os irmãos a bater-se e faz romper amizades». (..)

Do seu culto fazia parte a prostituição sagrada e, quando descia à terra, vinha acompanhada por um cortejo de cortesãs. (..) Ela mesmo se entregava intensamente à satisfação dos desejos amorosos, escolhendo os seus amantes entre toda a espécie de seres. Mas desgraçados daqueles que escolhia! Até para os deuses o seu amor era nefasto. (..)

Apesar de ter um carácter violento, o coração de Ishtar conhecia a bondade. O seu próprio nome significa «a benevolente», e dispensou bondade a numerosos mortais. (..)

O seu culto passou além das fronteiras do Império Assírio-Babilónio: Ishtar veio a tornar-se, sob o nome de Astarte, uma das grandes deusas fenícias; os seus traços reproduzem-se na Afrodite dos Gregos.”

Mitologia Geral
Maria Lamas

Deus!


Posted by Hello
Quantos anjos caíram do altar?
Quantas gotas de sangue formam o chão desta catedral?
Quantos mandamentos fazem um Homem?
Quantos crucifixos se erguem aos céus,
em prantos e preces!
No dialogo do pecado,
abrem o coração ao fogo da paixão.
Em devaneios procuram uma eternidade
que lhes foge por entre os dedos.
Corpos estendidos por entre os ladrilhos do tempo.
Almas que se ferem de promessas.
Traços de fé ao acaso,
no perpétuo continuo do silêncio.


Mem Gimel

Magia Posted by Hello

quarta-feira, janeiro 05, 2005

Perfume

Vejo num olhar as profecias de um dia,
assim como nos teus doces lábios de romã
o correr de um sumo de mel de jasmim e alfazema.
Se o desejo corre como um cavalo nas planícies de ouro
então porque conter o majestoso galopar nesses campos de alecrim!
Quero beijar o tacto frio da brisa de Inverno,
sob o sol que vela este jardim.
Ser o soneto de frutos silvestres,
ser tinta de framboesas e ser o orvalho
que refresca a vida que sinto dentro de mim.
Na fragrância do rosmaninho ser uma sílaba
que acentua o tom da tua eternidade de flor campestre.
Fazer subir aos sonhos o sereno correr deste riacho
e no cristal desta fonte sentir o toque do cetim.
Ó mulher de lírios e papoilas,
de malmequeres e amores-perfeitos.
Sinónimo de néctar tem a dobra do teu sorriso
que é relembrado nas auroras dos tempos,
nas ondas e nos ventos
que movimentam as velas dos moinhos
de estes e de outros sentimentos
que moem os grãos de trigo
das cearas dos momentos
que nascem na divindade do teu corpo,
regados por gotas de paixão
de chuvas de almanaques perdidos
no propósito de tornar única a ideia
dos mistérios que envolvem a primavera
que percorre a tua existência,
que toma forma na eloquência
das palavras que floram com as essências
da certeza que nunca, mas nunca existirá um fim.


Mem Gimel

sábado, janeiro 01, 2005


exotic Posted by Hello

Babilónia

Súbita é a voz que se forma.
Sobre um mar imaginado.
Pregadora do pecado,
zumbindo no contorno da resposta.

Enalteço o laço de um abraço.
Um comando na lâmina do aço,
que espeta no ventre do vivásso,
os tons da graças de um palhaço.

Qual peça de Eça!
Mesmo que alguém me peça
nas doces palavras da conversa,
direi. Afinal qual é a pressa?

Rodeia o fuso o confuso.
Do tom purpura do absurdo
e na solidão da pressa do difuso,
atingesse o destino absoluto.

Áhh.. loucura que me elevas
à seiva da tua planta.
Fragrância exótica que me velas.
Minha Pérsia, magia de canela que me encanta.

Mem Gimel