domingo, julho 31, 2005

Lammas

Fazendo uso deste simbolo hermético,

O que semeares em cima, será o que ireis colher em baixo.

Avé Lughnasadh

Dux Mem Gimel Trismégistus

quinta-feira, julho 28, 2005

Pastores

Vivemos num mundo sem valores. Ao centro os pastores das almas, intermediários de Deus, colocando o Homem aos pés de um altar e eles acima do Homem regentes de uma palavra dita divina.

Em fila, esses pobres penitentes preenchem os altares em nome do sentimento amor, amai, é lhes dito. Como animais amestrados desde pequenos é lhes imposto uma fé, acreditem e vos salvará. No meio de promessas alegrias e tristezas vãs vivem até ao ultimo dia das suas vidas, onde o céu é o destino negando o inferno.

O laxismo da compreensão leva-os a aceitar o dito da palavra dos iniciados de Roma. Pobres almas, dominadas pelo receio de palavras escritas em evangelhos. Dispostos a defender algo que aceitaram sem nunca questionar, diferindo apenas do primeiro Homem pela sua consciência, mas no entanto igualando este no seu conceito de natureza.

Anedótico falarem de igualdade entre povos, se para eles, nunca poderão igualar Roma. Inconscientes deixam controlar o seu mundo interior pelos ditos das túnicas brancas.

Em 2000 anos, em que mundo vivemos? A cada dia que passa, o Homem destroça mais o corpo de Osiris. A palavra saturada do sétimo dia, numa lengalenga harmónica satura e apodrece as águas onde se banha o verdadeiro eu de cada um.

Poderão conduzir muitas ovelhas direito ao matadouro, mas no entanto, existirão sempre Homens livres, verdadeiros irmãos, que nas sombras de inquisições, farão descer o espirito e Horus nascerá.

Dux Mem Gimel Trismegistus

terça-feira, julho 26, 2005

Mensagem

" Nada na natureza é sobrenatural, tudo é natural e quando compreendido pode ser alvo de investigação cientifica"

Society of the Inner Light


Demónios e Anjos existem para os que se valem da fé. Para os que se valem do conhecimento, forças naturais.

Sabio aquele que entende o universo em si mesmo.

Dux Mem Gimel Trismegistus

sexta-feira, julho 22, 2005

Um dia, tive o prazer de almoçar com uma grande individualidade espanhola. Um dia de sol de Outubro. Naquele pequeno restaurante de Madrid, iluminado pela luz de um jardim que entrava pelas suas janelas, escutava atentamente aquele homem.

Por entre sabores gastronómicos e licores falou-se acerca da vida. Esse homem que conquistou um império falava-me das batalhas que travara para ganhar o seu poder. Falava-me acerca da família que esquecera, dos filhos que não viu crescer, do amor que ignorou.

Mas a vida um dia julgou as suas atitudes e colocou-o num bloco operatório com uma paragem cardíaca, mas algo fizera com que ficasse neste mundo.

Segurando aquele licor de café, a olhar para aquele doce líquido disse-me

– O que vale ter o que tenho se num cemitério somos todos iguais.

Não viu partir a sua mãe deste mundo, que se encontrava num hospital, para conseguir fechar um negócio. Não teve tempo para o amor, porque o mundo material era mais importante. Não viu as alegrias e magoas dos seus filhos.

Aquele homem que tudo tinha, decidira então descobrir porque não era feliz e então viu que a única forma de o ser era através do amor. Um dia, esse homem antes frio sentiu o toque quente da sua companheira o toque maravilhoso da sua pele. Descobriu que os seus filhos cresceram e agora sorria para eles. Esse homem dizia-me

- Luta pelos teus sonhos, ama e assim conquistarás a liberdade, assim conquistarás a morte, porque num cemitério somos todos iguais.

segunda-feira, julho 18, 2005


O meu sangue corre pelo branco lençol de seda. À minha volta, demónios o bebem e saciam a sua sede. Anjos alados, belos e perfeitos tombam a meu lado. Traço o fogo no meu peito e pétalas de rosas caem do céu numa chuva triste e gélida . A minha voz morre no silêncio nos gritos negros da dor.

As trevas consomem o meu corpo e os meus lábios beijam os doces e frios lábios da morte.. Sou um tempo esquecido, uma luz que termina. Ao longe, num lago , escuto o canto de um cisne. Por entre os ramos de uma arvore vejo o ultimo luar e o imaculado do meu leito é manchado pelos momentos últimos de uma lágrima.

Recordar-me-ão um dia as estrelas,
vistas numa noite sem luar,
junto dessa arvore
nas águas desse lugar.

Entro num sonho,
num sonho que não tem fim.
Adormeço na noite
para nunca mais acordar.

Dux Mem Gimel Trismegistus

quinta-feira, julho 14, 2005

Aloah va Daath

Shaddai el Chai

segunda-feira, julho 11, 2005

Tela


A flor de rosmaninho repousava na sua mão. O céu tinha nascido num azul celeste e o poema estava escrito, bastava somente olhar o horizonte, fechar os olhos e sorrir. No seu jeito gracioso era uma flor que nascera num jardim e os momentos pontos coloridos na paisagem e assim salpiquei de cores uma tela.

Assim pintaria as memórias do amor, recordando que um dia fui uma gota de orvalho um raio de luz que coloriu uma imagem.

Hoje, um anjo caído, esquecido por quem um dia ofereci um sorriso. Talvez a minha luz não seja importante, talvez apenas possua uma tela branca.
Dux Mem Gimel Trismegistus

terça-feira, julho 05, 2005

Lágrima

Por entre os caminhos que levam ao céu, os anjos choravam. Sentados, olhavam as estrelas e os seus lábios bebiam-lhes as lágrimas. Beijando as nuvens, soluçavam, e ao longe sinos soavam.

Sentados ao longo da encosta, apenas envoltos nas penas brancas das suas asas, eram devorados pelo o amor, o mesmo que um dia os fez nascer. Ao mesmo tempo, o Homem, em andores transportava as figuras vazias que idolatrava e os anjos choravam e morriam. Consigo transportavam todas as imagens das manhãs que acordaram num leito de amor, da brisa quando subiram aos montes, da saudade que colocavam no por do sol, das visões do alto de castelos. Agora, apenas poeira calcada pelos passos.

Meus anjos, meus belos anjos, que vos fizeram?

Um anjo chora em silêncio, pois um dia falou e fez alguém feliz e a sua voz fez sentido. Morre só e esquecido, levando consigo uma estrela. Até ao dia que a ultima estrela desaparecer e então, somente aí irá notar-se que a noite ficou fria, que as trevas chegaram que o medo se apoderou dos corpos.

Deixai-me chorar ao vosso lado..

Dux Mem Gimel Trismegistus

sexta-feira, julho 01, 2005

e

Eis que os Homens do mundo físico também procuram o amor, irónico. Do alto do Olimpo os deuses riem-se dos génios que negam o espírito nas operações aritméticas de uma vida. Julgam-se inquisidores por possuírem o ceptro da lógica, vivendo a vida como dizem.

Ao som de gargalhadas imperceptíveis aos seus ouvidos caminham. Estais confusos? Porquê? Porque o amor não é variável de equação, porque a dor surge sempre quando não se espera? Mas não sois vós os sábios destes tempos?.. Pode ser, procurai um Deus. É válido, podeis rezar. O quê? O vosso deus não vos ouve? Oh, será porque não haveis rezado o suficiente. Prostrai-vos e rezai.

Eis que vos esperará sempre o sabor do que entendeis por sorte ou azar, alegria ou sofrimento e no fundo sois merecedores do purgatório.

Pequenos seres perdidos na consciência de uma Humanidade também ela perdida. Vazios nos códigos, distantes da escada da honra. Iletrados no sentimento das palavras que usam.

Mas o que importa, sois vós os donos do mundo…Mas..que mundo, se tudo aquilo que vos rodeia desaparece, inclusive vós mesmos, um dia.


Dux Mem Gimel Trismegistus