quinta-feira, dezembro 29, 2005

No rasto do Diabo.

Vale a pena reflectir no texto que se segue.

“Mas qual o motivo de considerarmos como demónio uma divindade ultrajada?
O facto de uma força objecto de abuso se voltar contra o usuário não a caracteriza necessariamente como força do mal. Nunca terá sucedido a alguém ingerir uma dose excessiva e por isso venenosa, de alguma droga? Ou levado um choque ou tocar sem querer um fio eléctrico? Ou calculado erroneamente a temperatura de um objecto e queimar os dedos? Se baníssemos do uso humano, por perigoso, todo o objecto ou substância que se tenha revelado em alguma circunstância nocivo, teríamos de existir no vácuo.

Essas forças, contudo, quando tratadas com reverência e compreensão e depois de se proceder à purificação que o seu culto exige, ainda podem exercer a sua antiga influência sobre o fiel, abençoando-o e iluminando-o nos termos da natureza que as caracteriza e de acordo com a capacidade de reacção do fiel.

Essas potências, assim tratadas, têm infinitas possibilidades de fazer que o bem incida sobre a consciência e a vida social; e isso é especialmente o caso na nossa moderna civilização, na qual se perderam os contactos com a natureza, tendo estes contacto sido relegados ao esquecimento – sendo uma consequência disso o facto da mente subconsciente de homens e mulheres ser tão danosa quanto o são as casas de banho sem higiene.

Precisamos que a luz e o ar da atenção consciente sejam voltadas para a nossa celeridade subconsciente e que a vassoura da santificação espiritual faça uma rigorosa limpeza aos detritos e refugos acumulados na mente.

Nada há na natureza humana de intrinsecamente impuro, apesar de Santo Agostinho, mas há nela grande número de elementos que seriam atingidos pela gangrena e apodreceriam se os empurrássemos para baixo do limiar da consciência e se nos sentássemos sobre a tampa.

Julgar que há nela algo de intrinsecamente impuro constitui um falso conceito da natureza humana que se desenvolveu a tal ponto que veio a ser o que há de pior nesta mesmo natureza.

Quando negamos o lado natural da nossa natureza, assemelhamo-nos à pessoa que não limpa uma sanita entupida porque está demasiado suja para pôr-se a mão. Mas a sanita só se encontra pútrida devido à forma como essa pessoa em questão a conservou.

Pode ser desagradável estar às voltas com isso quando se põe a mão pela primeira vez e se faz a limpeza, mas, uma vez que a sanita esteja limpa, nunca mais haverá necessidade de deixá-la ficar nessas condições; mas essa sanita será fonte de envenenamento de todo o lar até que alguém se ocupe dela.

Os pagãos agiram com acerto quando deificaram e santificaram todos os aspectos do mundo natural e da natureza humana. Os romanos chegaram ao ponto de adorar Cloaca, a deusa dos limpadores de esgotos e dos varredores de rua, que eram muito mais limpos e higiénicos em seus hábitos do que as gerações que os sucederam, gerações cujos santos se recusaram a limpar por amor a Deus.

Cumpre resgatar a reverência pelas coisas naturais, bem como o respeito pelo corpo e pelas suas funções; cumpre ainda adorar deus tornado manifesto na natureza, mesmo que ele assuma a forma de Cloaca, se é nosso desejo ser dotados de alguma real saúde mental, corporal ou doméstica e retornar quais filhos pródigos ao seio da nossa grande Mãe..”

Dion Fortune.

Onde está então o mal tanto apregoado pela igreja? Ou será que esta necessita de um pilar para que se possa apoiar devido ás bases fracas que possui?

Mem Gimel

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Vénus





Mem Gimel

segunda-feira, dezembro 19, 2005

YHVH


Mem Gimel

terça-feira, dezembro 13, 2005

Pilares

Certa vez Foi-me dito o seguinte: “ Saberás que estás a saborear a verdade quando no teu interior sentires um estado de felicidade e harmonia.”

Se estivermos atentos ao nosso próprio comportamento, iremos notar que determinadas acções geram em nós determinados estados.
Se excluirmos as nossas alterações emocionais quando determinada situação é confrontada com determinada ideia que tenhamos preconcebido, ficamos com um conjunto de alterações subtis a novas experiências que atravessamos.

Estes, “instintos”, chamemos-lhe assim, podem ser importantes como indicadores na procura do conhecimento. A título de exemplo, quantas vezes ao ler um livro, se sente um desconforto tal, que a leitura mais parece uma obrigação que um prazer? Pois é, como se “alguma coisa” nos dissesse – “ pára, não é isto que eu quero”.

A ciência, através da psicologia, trouxe para a luz do dia, muito conhecimento que antes apenas fazia parte de um números restrito de Homens. Hoje em dia conhecemos a forma como o cérebro organiza as ideias, a influências destas na personalidade, a individualidade, bem como causas e curas de alguns distúrbios psicológicos.
Muito mais aguarda para ser revelado, latente, aguardando o crescimento da consciência Humana.

Da mesma forma que existiam os monstros marinhos antes da epopeia dos descobrimentos, assim, existem os demónios e anjos na descoberta de nós mesmos. Qual é a recompensa final? A terra prometida.

Utilizando a mesma analogia, se foram necessários barcos para cruzar os oceanos, são necessários os símbolos para cruzar a mente.

Estas duas colunas sustentam o princípio da união. Elas materializam o cosmos, formam o templo do universo e o templo do Homem.

Mem Gimel

terça-feira, dezembro 06, 2005

Imperatriz

“ Esta é a harmonia do universo, e o amor une o desejo de criar com a compreensão dessa criação: compreende o teu próprio desejo.”

“Ama e deixa amar. Regozija-te em qualquer forma de Amor e obtém assim o teu êxtase e o teu alimento.”

Aleister Crowley


Mem Gimel

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Adepto


Eis que ao longo dos séculos a verdade continua intacta. Protegida pela mais segura porta, a inteligência, e cuja chave tem o nome de compreensão.

Essa verdade é o sopro da vida. O desejo da resposta conduz a mente inconformada à Arte das Artes. O mesmo desejo, eleva a consciência do Homem acima dos domínios do corpo físico, acima dos domínios ocultos pela religião e que afastam o Homem do seu verdadeiro Eu.

Este conhecimento estabelece o elo entre o microcosmos e o macrocosmos. Ele é a ciência universal, o motor que coloca em movimento todas as forças, aquele que permite escrever essa teoria unificadora tanto procurada.

“O Adepto é aquele que inteligentemente e continuamente se aplica à compreensão das forças subtis da natureza e ás leis do mundo interior, com o fim de conscientemente cooperar com a natureza e as entidades espirituais na produção de efeitos que o possam servir e aos seus seres amigos. Isto tem por base um estudo muito profundo do mistério e do poder do som, do número, da cor, da forma, das leis psicológicas que estão na base de qualquer faculdade; A lei da polaridade, a lei da vibração, a lei da afinidade natural e espiritual, a lei da periodicidade; A energia cósmica, a acção planetária, correspondências, etc. A este labor, ele tem de trazer um dom natural de compreensão,
um grau invulgar de paciência e devoção e uma percepção inata dos factos naturais”

Sephariel

Conhece – Deseja – Lida – Guarda Silêncio

Mem Gimel