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Hoje choro triste a olhar o mar.
“Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.”
Confiro à rima de Pessoa todo o seu sentido, a saudade. Não a saudade de alguém que partiu numa viagem e que eu aguardo, mas sim, a saudade dos que partiram nas epopeias Lusas em busca de um sonho.
Olhai para o vosso País, gente Lusitana, olhai para o vosso e meu país.
Envergonha-me o vosso comportamento. Envergonha-me o vosso pensar. Envergonha-me o vosso esquecimento de todos aqueles que realmente construíram este país, à beira mar plantado e que um dia tiveram um sonho.
Ultrajais o sonho de Afonso Henriques. Ultrajais o sonho de Templários. Ultrajais o sonho do Infante D. Henrique. Ultrajais o sonho de D. Manuel. Ultrajais o sonho de Camões. Ultrajais o sonho de todos os grandes Homens que fizeram deste pequeno pais geográfico, o maior império do mundo.
Devíeis beijar o chão que pisais, pois ele é sagrado. Devíeis olhar para cada colina, monte, vale, rio ou ribeiro, porque aí, algum bravo morreu em troca de aquilo que tendes Hoje, uma pátria.
Choro na saudade do bravo espírito Aventureiro do tão nobre povo Português de outra hora, que jaz na lama, para onde vós o atirastes.
Alguém um dia disse ” A morte de um povo, começa pelo esquecimento da sua história”.
Perdoai-nos, Grande mestre e Rei Afonso Henriques. Perdoai-nos, Bravos Templários, cavaleiros e povo, que vertestes o vosso sangue por um sonho de um Portugal que certamente não é o Portugal de Hoje.
A vós, Lideres, voz do povo, invocai e encarnai a verdadeira alma Lusitana que ainda existe dentro de nós, antes que se perca para sempre e acreditem no sonho, antes por muitos sonhado.
Por Portugal
Mem Gimel Trismégistus