terça-feira, fevereiro 22, 2005

Iminência

Morro nos teus braços.
Amargamente, o sangue que me resta
arrastasse pelas veias já secas,
prolongando a agonia,
angustiando-me com o som
dos prantos que me rodeiam,
Num compasso dilacerante.
Estéril vida.
Tinhosa e maldita
Bebes o sangue que não mereces
Arrastas-me para o ralo da iminência,
de uma morte guerreira
no doce paladar do aço.
O meu sangue, amor,
inunda o teu vestido nele.
Não deixes que esta terra estranha o possua
através do gozo da morte.
Oh… Deus!
Que fria é esta lâmina!
Como é frio o silencio!
Como é fria a ultima palavra.

Mem Gimel Trismégistus

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Como é frio o silencio acompanhado...
Beijinho
www.lbutterfly.blogs.sapo.pt

12:54 da tarde  

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