Um caso para pensar
De veras que situações que vivo e que presencio me deixam atónico, levando-me a debruçar e meditar sobre o comportamento destas pessoas, desse gentio. Noticias estas que por vezes não surgem através de um qualquer media, ou de um estranho, mas sim por parte das pessoas com as quais afirmamos nós travarmos laços sentimentais, ou que aparentemente julgávamos.
È impossível ficar calado e expectante, em relação ao que eu julgo ser uma grande epidemia sensorial. Este Vírus ataca os códigos e os valores da conduta Humana, causando o bloqueio dos mesmos, sendo os seus efeitos mais imediatos o total obscurecimento sentimental e emocional ou então a incapacidade de discernir o perfil psicológico a apresentar perante a situação em questão. Sendo que a consciências destas pessoas deixa de entrar numa simbiose entre princípios e comportamento perante o mundo exterior.
A naturalidade e universalidade destes comportamentos é de tal ordem elevada que a maravilhosa evolução que o cérebro do primata sofreu para chegar ao estádio deste Homo Sapiens Sapiens, estádio este onde os elementos pertencentes a um grupo para alem da consciência grupal possuem uma consciência individualizada, se vê de veras ameaçada a entrar em regressão. Hoje, um colega de trabalho dizia-me: “ – estamos a caminhar no sentido do Homem das cavernas espaciais, que apenas procura o outro pelas necessidades sexuais, isto até que uma qualquer companhia invente o droide que satisfaça estas necessidades primárias”
É de veras muito triste notar isto. É de veras muito doloroso para quem possua códigos de honra, ética e moral viver num mundo podre, de pessoas podres, consumidas por esse bicho que não é da madeira mas sim de comportamentos relacionais que se alimenta destes mesmos, criando no interior destas um ambiente obscuro, com um cheiro a putrefacção sentimental e vazio.
As palavras sempre foram uma arma. A fala, algo de fabuloso e antes que o Homem comece novamente a grunhir é bom lembrar que se hoje estamos na posição que ocupamos no reino animal foi porque o factor relacional com todos os elementos do grupo sempre foi importante para a adaptação aos novos meios.
Dux Mem Gimel Trismegistus