quarta-feira, março 30, 2005

Bem e Mal..

. Posted by Hello

“ O verdadeiro segredo do bem natural reside no reconhecer a igualdade entre o par de opostos. Não existe nenhum antimónio entre Bem e Mal, somente existe o balanço entre dois extremos, cada um é o mal quando levado em excesso, ambos podem originar o mal se não tiverem à mesma proporção.”

Dion Fortune

quinta-feira, março 24, 2005

Batalha..

O sol ergue-se no horizonte.
O vento sopra, ondulando as ervas
agitando o corpo deste campo.

Penso que vale a pena.
Vale a pena sentir o cheiro da liberdade.
Penso que vale a pena morrer por um sonho

Pelo sonho de um dia poder dizer
que tudo fiz e mais não poderia ter sido feito.

Avé Saturno, pelo tempo que me proporcionas.
Avé Júpiter, pelo domínio de mim próprio.
Avé Marte, pela força que me dás.
Avé Vénus, pelo Amor que me transmitistes.
Avé Mercúrio, pelas decisões sábias que me mostras.

Pelo sol que me guia.
Pelo meu corpo lunar.
Por esta terra que beberá o nosso sangue.

Há nossa frente, 10 000 Bravos inimigos.
A meu lado, tu meu amor.

Por tudo.
E por nós.

Pelo sonho que guardamos,
que as espadas se façam soar
E que neste e noutros mundos,
conquistemos a liberdade.

Ani ohev otach…


Dux Mem Gimel Trismégistus

quarta-feira, março 23, 2005

Anima Mundi


Pergunto-me como será o maior sonho da Humanidade?

Qualquer um de nós tem os seus sonhos, os quais de uma forma generalizada têm um denominador comum, a felicidade. Esse estado que nos faz sentir que tudo valeu a pena, que todo o sofrimento, foi somente uma estação, um inverno, onde as frágeis sementes foram semeadas, inundadas pelas chuvas das duvidas. No entanto, se o terreno for firme e fértil, e o sonho for merecedor, algo mágico acontece pelas mãos de uma primavera, um rebento surge, num campo antes árido e rugoso. O desejo de crescer e tocar o sol faz crescer essa planta, faz crescer esse sonho.

Sim, continuam a existir chuvas e vendavais mesmo na primavera, mas o desejo, o acreditar que é possível chegar ao céu, fazem essa planta subir, como um guerreiro que combate dia a dia os exércitos dos elementos, como um Homem combate o exército da forma.

Quantos sonhos já alcançamos? E quantos pretendemos alcançar?
Só nós mesmos os sabemos. Quantos no entanto foram já alcançados e no entanto uma sensação de vazio surge no que parecia ser o céu? Quantas pessoas dizem que têm tudo, mas no entanto não possuem nada?
A resposta, àquilo que todo o Homem procura, o porquê, está nele próprio. Está no facto de aceitar a morte, porque o céu não é o limite, porque o mundo é a sombra apenas do que possui dentro de nós, já Platão o dizia.

Como cada um em separado, também a Humanidade procura esta felicidade, e apenas a encontrará quando nós, formando um todo, tivermos a consciência de nós próprios, a consciência de que somos seres em evolução, em constante aprendizagem e que o eterno está dentro de nós, na forma como amamos, na forma como queremos, na forma como construímos a nossa individualidade. Tendo a consciência que somos, apenas uma célula do todo e por isso mesmo somos divinos.

Todos podemos contribuir para o sonho da Humanidade, da mesma forma que nos empenhamos nos nossos. Basta apenas acreditar, basta apenas dar uma mão a quem está ao nosso lado, porque se Deus existe, ele é o conjunto de todos nós, de todo o universo, cujo uno forma o seu corpo, o seu movimento a sua vida o movimento que também é o nosso.

O que escrevi, apenas são palavras, mas sinto-me feliz ao escreve-las...


Dux Mem Gimel Trismégistus

quarta-feira, março 09, 2005

A Palavra

Qual a palavra que quantifica o querer?

Qual a palavra que é o cálice que recolhe lágrimas que caem por saudade?

Qual a palavra que dita pelos nossos lábios, que na simplicidade do ser, como as mãos mestras de um oleiro, na fusão do espírito com a forma, moldam o ar e numa face criam a peça única e profunda que tem por nome, sorriso?

Palavras e palavras.
Rimas e rimas.
O que são elas?
O que são elas se não forem providas de sentimento?

Ninguém necessita de ser poeta, escritor ou mestre da pena, para criar em outrem ou nele próprio esse sorriso, o mesmo que transporta qualquer um, do negro do dia, para a luz divina que se nota através do brilho do olhar.

Essa palavra, carregada com toda a força de um desejo, na forma límpida de um sentimento não irá necessitar de surgir rodeada de muitas outras. O seu poder confere-lhe uma magia inerente, mesmo que surja só, a propagar-se pelo ar ou numa folha branca de papel.

Simples de entender por todos aqueles que concluem que é a simplicidade, a singularidade que move o Homem. Esse mesmo que irá verter as suas lágrimas sobre o cálice, sorrir para um olhar ou para ele próprio.

E na magia, no mundo da alquimia da alma, adquire a forma de ouro. De um valor incalculável de um brilho perpétuo, assenta sobre os pilares dos elementos, Fogo, Ar, Água e Terra. Pairando no sopro do espírito, desloca-se em todo o tempo, tomando o significado a que os verdadeiros sábios e mestres compreendem como sendo vida.

Essa palavra é:
Amor

Dux Mem Gimel Trismegistus