quarta-feira, março 09, 2005

A Palavra

Qual a palavra que quantifica o querer?

Qual a palavra que é o cálice que recolhe lágrimas que caem por saudade?

Qual a palavra que dita pelos nossos lábios, que na simplicidade do ser, como as mãos mestras de um oleiro, na fusão do espírito com a forma, moldam o ar e numa face criam a peça única e profunda que tem por nome, sorriso?

Palavras e palavras.
Rimas e rimas.
O que são elas?
O que são elas se não forem providas de sentimento?

Ninguém necessita de ser poeta, escritor ou mestre da pena, para criar em outrem ou nele próprio esse sorriso, o mesmo que transporta qualquer um, do negro do dia, para a luz divina que se nota através do brilho do olhar.

Essa palavra, carregada com toda a força de um desejo, na forma límpida de um sentimento não irá necessitar de surgir rodeada de muitas outras. O seu poder confere-lhe uma magia inerente, mesmo que surja só, a propagar-se pelo ar ou numa folha branca de papel.

Simples de entender por todos aqueles que concluem que é a simplicidade, a singularidade que move o Homem. Esse mesmo que irá verter as suas lágrimas sobre o cálice, sorrir para um olhar ou para ele próprio.

E na magia, no mundo da alquimia da alma, adquire a forma de ouro. De um valor incalculável de um brilho perpétuo, assenta sobre os pilares dos elementos, Fogo, Ar, Água e Terra. Pairando no sopro do espírito, desloca-se em todo o tempo, tomando o significado a que os verdadeiros sábios e mestres compreendem como sendo vida.

Essa palavra é:
Amor

Dux Mem Gimel Trismegistus

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Palavra pura e cristalina... num cruzar de um olhar... numa noite ao luar... uma coruja a olhar... um falcão a voar... uma entrega entre dois corpos... duas almas que se unem... um beijo e um toque num momento unico... onde o tempo para... onde nada mais existe a não ser esse sentimento que nos une e que persiste... O Amor

Adin

9:59 da tarde  

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