Marinheiros
Um denominador “quase” comum desta sociedade moderna é a falta de rumo. Este rumo, o rumo geral da vida, é único e pessoal embora interaja e se alinhe, ao longo da experiência, com o rumo do todo, em ultima estância.
Uma das melhores ferramentas mentais, para além da lógica é a analogia. E através da analogia muito conhecimento pode ser obtido para traçar esse tal rumo. É fácil dizer eu quero chegar a tal ponto, como todos sabem, o difícil é lá chegar. E que ponto é este? A resposta, à priori, parece ser de fácil resposta. A realização pessoal, seria dita. E o que é isto da realização pessoal? Será que algum dia alguém se vai sentir realizado? Quantas metas atingidas e depois, num ápice tudo desmorona? Quantos bens materiais alcançados em legado dos bem do espírito e vice versa? Quantos sonhos por conquistar? Não digo nada de novo, todos nós o sentimos, apesar do esforço empreendido umas vezes tem-se tudo outras nada. Aqui então entram as emoções, harmónicos de alegrias e tristezas.
Tudo o que disse, todas as pessoas tem consciência.
O ser Humano é comandante de um barco à deriva num oceano, que anseia algum dia chegar a um porto seguro. Com sorte alcança uma ilha, mas a vida numa ilha tem um tempo limitado como todos sabem, mesmo que se estabeleça e colha frutos, a ilha também tem o seu tempo de vida.
Os marinheiros, não colocam os barcos em terra, esperando aqui navegar. Eles colocam os mesmos no oceano pois o conhecem e não temem. Os marinheiros conhecem as leis que estão sobre o mar e por dentro do mar, em cima e em baixo. Através destas conduzem os seus barcos, aproveitando ventos e marés, contornando tempestades e recifes. O destino é alcançado e eterna é a glória desses bravos Homens.
A verdade surge por detrás do véu da metáfora que apenas a mão de Atenas consegue retirar.
Hermes transporta toda a palavra dos deuses. Descendo no céu interior, a entrega ao Homem.
Apolo e Arthemis velam e oferecem a luz.
O Homem, Bebe água nos seus sonhos.
Mem Gimel.