sexta-feira, agosto 25, 2006
segunda-feira, agosto 14, 2006
Unidade
É difícil para todo o Homem que mergulha no inconsciente da Humanidade conter um misto de dor, tristeza e traços de escuridão. Estes abatem-se sobre o seu desejo de criar, de mostrar ao mundo a cor, o som, a palavra do sonho. O sentimento profundo de fazer nascer o belo na sua obra, de a fazer vibrar numa harmonia divina é infrutífero e somente deixa transparecer então uma lágrima, o choro do Homem divino, dilacerado pelas lâminas da vida do Homem terrestre.
Para além da Hipocrisia e da Demagogia daqueles que dizem procurar a fraternidade universal, existem outros que se esforçam para que um dia este feito seja alcançado. No entanto, este Homem terrestre que aspira a uma união com o seu semelhante, que sonha com uma paz e harmonia global, esforça-se em vão para a conseguir. Porquê? A própria palavra união levanta o véu que cobre o caminho correcto. A união só existe se existir unidade, e para que a união exista entre todos os Homens e que dure para todo o sempre, a unidade deverá ser comum a todos e imperecível, imortal, desta forma eterna.
Onde encontrar essa unidade? Partindo do princípio que a unidade existe, obrigatoriamente ela tem de ser encontrada ou no infinito do espaço físico que envolve o Homem ou então no infinito do espaço de princípios que o Homem possui no seu interior, ou seja no seu espaço mental. Analisando estes “dois universos” vemos que no espaço físico que envolve o Homem em que o Homem é ele próprio um “objecto” animado de consciência, encontramos a obra criada pela natureza e a obra criada pelo próprio Homem, que numa análise mais profunda não deixa de ser também a obra da natureza. Toda esta obra está sujeita a dois dos princípios fundamentais, espaço e tempo. Estes princípios afastam a possibilidade de encontrar a unidade no universo físico devido à sua acção sobre os corpos, uma vez que, no mundo físico um corpo não pode ocupar espacialmente duas posições diferentes no mesmo instante de tempo e nenhum corpo é eterno, modifica-se ao longo do seu período de existência. Assim, a nível de exemplo de hipotéticos corpos que pudessem por vontade do Homem serem o foco de unidade, verificamos a justificação anterior: a unidade não deverá ser uma flor, porque nem todos têm jardins e as flores acabam por secar. A unidade não deverá ser um Homem porque nem todos o conhecem e o Homem é mortal. A unidade não deverá ser em torno de uma casa, porque a casa só é familiar a uns e cai com um simples querer da natureza. A unidade não deverá ser em torno do dinheiro pois há quem não o tenha e basta um fogo para o consumir. Assim, tudo o que é físico espacial e temporal não possui os princípios de unidade cósmica; intemporalidade e Omnipresença, assim é impossível encontrar em todo o mundo material o que quer que seja que crie a unidade entre Homens.
Assim, se o mundo exterior do Homem não lhe fornece um ponto de convergência e união, a unidade tem de existir algures no seu interior. Tem de existir alguma ideia comum a todos os Homens e eterna. E ao interiorizar-se a procura da unidade, imediatamente desce à mente consciente uma ou outra ideia relacionada com um principio conhecido pela maior parte com o nome de Deus.
Como é que o Homem conhece Deus? Será que se pode encontrar a unidade nessa ideia tão estranha que é ideia de Deus?
Deus é incognoscível ao Homem e como tal, todas as ideias que o Homem tece para o descrever são incompletas e desta forma imperfeitas. O Homem jamais saberá dizer o que é Deus. Ele não é ciência nem religião ele simplesmente é.
Na maior parte dos casos o principio Deus é introduzido pela religião. As três grandes religiões ocidentais, o Cristianismo, Islamismo e Judaísmos enraizadas numa doutrina terrena para a salvação da alma, perderam a explicação para a sua componente esotérica. Assim, pouco ou nada sabem acerca de temas como reencarnação, carma, duplo etéreo etc , etc, que as religiões orientais possuem no seu consciente..Nos dias de hoje vivem na imposição dos seus dogmas, na sua maioria inexplicáveis ao senso comum por falta desses mesmos conceitos que perderam. Desta perca, qual poço quântico que separa dois níveis energéticos diferentes, surgiu a separação entre a ciência e religião nos tempos actuais. Como é possível caminhar pelas águas? Como se divide um mar em dois? Como se ressuscitam mortos? Questões que a religião tomou como dogmas de fé e que no entanto a ciência diz serem impossíveis no mundo tal e qual como o conhecemos. Por outro lado, a ciência entra em campos dominados pela incerteza quando desventra os mistérios do simples, por exemplo, a luz. Para que exista unidade, a resposta a estas perguntas, retiradas de um leque de muitas outras, têm de tem de ser única e consensual, tem de ligar o que se entende por religião e o que se entende por ciência, e a única religião do Homem deverá ser a ciência que o aproxima de Deus. O que vemos hoje é que as três religiões irmãs, descrevem e apresentam um Deus incompleto pois não se funde com o mundo físico e a ciência, céptica, no infinito do espaço e do tempo físico procura eliminar Deus. No mundo oriental, tomando por exemplo o hinduísmo, vemos que esta religião perdeu a sua componente terrestre, abandonou a obra no mundo. Mergulhado no seu esoterismo, para conseguir fazer a alma chegar ao espírito, também se tornou na parte, porque a terra anseia pela obra da alma, o caos existe para ser ordenado, das águas nasce o lotos. Como visto anteriormente e de uma forma simples, tanto a ciência como a religião são incapazes de gerar unidade porque enquanto forem partidárias e não unas apenas irão gerar desagregação. Onde reside então a unidade?
Na incapacidade de compreensão do princípio único e verdadeiro que é o Eterno Ser, a unidade entre o Homem reside na fusão da sua consciência com a consciência do Eterno Ser. A vitória do Eterno Ser sobre o caos manifesta-se em todo e qualquer lugar através do Bem, da Beleza e do Amor. Glorificar este principio é manifestá-lo e de desta forma, participando do mesmo é ser-se a unidade com a unidade. Cada um à sua maneira tem de sentir em primeiro lugar em si mesmo a manifestação do Eterno. Pelo exercer da sua vontade centrar a sua consciência, na sua verdade, no seu bem, no seu amor. Então deve cada um pela potência que possui em si criar o belo e o amor à sua volta, começando pelo seu espaço, pela sua família, pelo vizinho, pelo país, pelo mundo, porque somente a verdade é eterna e esta encerra em si o bem e o amor. Sendo esta verdade eterna ela não pertence a nenhuma região, grupo, raça, etc, o amor é universal.
Para além da Hipocrisia e da Demagogia daqueles que dizem procurar a fraternidade universal, existem outros que se esforçam para que um dia este feito seja alcançado. No entanto, este Homem terrestre que aspira a uma união com o seu semelhante, que sonha com uma paz e harmonia global, esforça-se em vão para a conseguir. Porquê? A própria palavra união levanta o véu que cobre o caminho correcto. A união só existe se existir unidade, e para que a união exista entre todos os Homens e que dure para todo o sempre, a unidade deverá ser comum a todos e imperecível, imortal, desta forma eterna.
Onde encontrar essa unidade? Partindo do princípio que a unidade existe, obrigatoriamente ela tem de ser encontrada ou no infinito do espaço físico que envolve o Homem ou então no infinito do espaço de princípios que o Homem possui no seu interior, ou seja no seu espaço mental. Analisando estes “dois universos” vemos que no espaço físico que envolve o Homem em que o Homem é ele próprio um “objecto” animado de consciência, encontramos a obra criada pela natureza e a obra criada pelo próprio Homem, que numa análise mais profunda não deixa de ser também a obra da natureza. Toda esta obra está sujeita a dois dos princípios fundamentais, espaço e tempo. Estes princípios afastam a possibilidade de encontrar a unidade no universo físico devido à sua acção sobre os corpos, uma vez que, no mundo físico um corpo não pode ocupar espacialmente duas posições diferentes no mesmo instante de tempo e nenhum corpo é eterno, modifica-se ao longo do seu período de existência. Assim, a nível de exemplo de hipotéticos corpos que pudessem por vontade do Homem serem o foco de unidade, verificamos a justificação anterior: a unidade não deverá ser uma flor, porque nem todos têm jardins e as flores acabam por secar. A unidade não deverá ser um Homem porque nem todos o conhecem e o Homem é mortal. A unidade não deverá ser em torno de uma casa, porque a casa só é familiar a uns e cai com um simples querer da natureza. A unidade não deverá ser em torno do dinheiro pois há quem não o tenha e basta um fogo para o consumir. Assim, tudo o que é físico espacial e temporal não possui os princípios de unidade cósmica; intemporalidade e Omnipresença, assim é impossível encontrar em todo o mundo material o que quer que seja que crie a unidade entre Homens.
Assim, se o mundo exterior do Homem não lhe fornece um ponto de convergência e união, a unidade tem de existir algures no seu interior. Tem de existir alguma ideia comum a todos os Homens e eterna. E ao interiorizar-se a procura da unidade, imediatamente desce à mente consciente uma ou outra ideia relacionada com um principio conhecido pela maior parte com o nome de Deus.
Como é que o Homem conhece Deus? Será que se pode encontrar a unidade nessa ideia tão estranha que é ideia de Deus?
Deus é incognoscível ao Homem e como tal, todas as ideias que o Homem tece para o descrever são incompletas e desta forma imperfeitas. O Homem jamais saberá dizer o que é Deus. Ele não é ciência nem religião ele simplesmente é.
Na maior parte dos casos o principio Deus é introduzido pela religião. As três grandes religiões ocidentais, o Cristianismo, Islamismo e Judaísmos enraizadas numa doutrina terrena para a salvação da alma, perderam a explicação para a sua componente esotérica. Assim, pouco ou nada sabem acerca de temas como reencarnação, carma, duplo etéreo etc , etc, que as religiões orientais possuem no seu consciente..Nos dias de hoje vivem na imposição dos seus dogmas, na sua maioria inexplicáveis ao senso comum por falta desses mesmos conceitos que perderam. Desta perca, qual poço quântico que separa dois níveis energéticos diferentes, surgiu a separação entre a ciência e religião nos tempos actuais. Como é possível caminhar pelas águas? Como se divide um mar em dois? Como se ressuscitam mortos? Questões que a religião tomou como dogmas de fé e que no entanto a ciência diz serem impossíveis no mundo tal e qual como o conhecemos. Por outro lado, a ciência entra em campos dominados pela incerteza quando desventra os mistérios do simples, por exemplo, a luz. Para que exista unidade, a resposta a estas perguntas, retiradas de um leque de muitas outras, têm de tem de ser única e consensual, tem de ligar o que se entende por religião e o que se entende por ciência, e a única religião do Homem deverá ser a ciência que o aproxima de Deus. O que vemos hoje é que as três religiões irmãs, descrevem e apresentam um Deus incompleto pois não se funde com o mundo físico e a ciência, céptica, no infinito do espaço e do tempo físico procura eliminar Deus. No mundo oriental, tomando por exemplo o hinduísmo, vemos que esta religião perdeu a sua componente terrestre, abandonou a obra no mundo. Mergulhado no seu esoterismo, para conseguir fazer a alma chegar ao espírito, também se tornou na parte, porque a terra anseia pela obra da alma, o caos existe para ser ordenado, das águas nasce o lotos. Como visto anteriormente e de uma forma simples, tanto a ciência como a religião são incapazes de gerar unidade porque enquanto forem partidárias e não unas apenas irão gerar desagregação. Onde reside então a unidade?
Na incapacidade de compreensão do princípio único e verdadeiro que é o Eterno Ser, a unidade entre o Homem reside na fusão da sua consciência com a consciência do Eterno Ser. A vitória do Eterno Ser sobre o caos manifesta-se em todo e qualquer lugar através do Bem, da Beleza e do Amor. Glorificar este principio é manifestá-lo e de desta forma, participando do mesmo é ser-se a unidade com a unidade. Cada um à sua maneira tem de sentir em primeiro lugar em si mesmo a manifestação do Eterno. Pelo exercer da sua vontade centrar a sua consciência, na sua verdade, no seu bem, no seu amor. Então deve cada um pela potência que possui em si criar o belo e o amor à sua volta, começando pelo seu espaço, pela sua família, pelo vizinho, pelo país, pelo mundo, porque somente a verdade é eterna e esta encerra em si o bem e o amor. Sendo esta verdade eterna ela não pertence a nenhuma região, grupo, raça, etc, o amor é universal.
Esta é uma breve reflexão, um acto de partilha na procura da fraternidade universal.
Mem Gimel