sexta-feira, setembro 09, 2005

Agnus

A noite chegara, observava aquela pequena constelação, brilhante, que o meu povo adorava há séculos. A via láctea fazia-se notar no seu máximo esplendor e por entre as estrelas procurava o nome secreto, o nome do amor, aquele que nos recordaria para sempre, no qual deixaríamos gravadas as nossas almas, para que um dia o sonho se realizasse novamente.

A esperança nascera de novo em mim, pelo poder da sua singularidade, da sua unicidade nesta terra que eternamente será recordada como mágica. O pensamento de quão infinito é o universo e cujas leis enunciava, um dia o Homem iria compreender, mas por agora, assim como está escrito nas profecias o dia se fará noite e esta durará por muitas luas.
Ali, no ponto mais elevado mais parecia tocar o céu, perto dos deuses, comungando com eles a beleza deste continente perdido, derramando lágrimas por aquilo que fomos e por aquilo que nos tornámos e por isso mesmo esta seria a última ceia, o ultimo banquete divino.

O tempo para nós era curto, aquele paraíso onde as estrelas beijavam os lagos já não era mais seguro pelas mãos de Atlas. Teríamos de partir como os demais que já tinham iniciado a caminhada. Comigo transporto o sonho de encontrar em algum ponto do universo o novo local onde a Atlântida de novo renascerá.

O meu nome Agnus, Sacerdote Atlante.

1 Comments:

Blogger isabel mendes ferreira said...

um beijo. e que o tempo nos resista.

9:41 da tarde  

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