quarta-feira, janeiro 11, 2006

Cruzadas

Ultimamente, pelo que vejo muito se fala de crucifixos e todo o tipo de opiniões são tecidas, umas mais sérias, outras que dão vontade de rir.
De acordo com o relatório divulgado pelo departamento de estado dos E.U.A., acerca da liberdade religiosa em Portugal em 2005, (que pode ser consultado em http://www.american-embassy.pt/IntReligiousFreedReport_Portugal.html), consta o seguinte paragrafo:

“O país tem uma área total de 92391 km² e, em Janeiro de 2005, contava com uma população de 10,4 milhões de habitantes. Mais de 80 por cento da população com idade superior a 12 anos identifica-se com a Igreja Católica havendo, contudo, uma grande percentagem que afirma não participar activamente em serviços religiosos. Aproximadamente quatro por cento identifica-se com as várias denominações protestantes (incluindo cerca de 250.000 evangélicos) e aproximadamente um por cento com religiões não-cristãs. Menos de três por cento afirma não ter religião.”

Destes dados retiramos que apenas 3% da população portuguesa afirma não ter religião, ou seja, apenas 3% da população portuguesa consegue ter uma opinião que não seja partidária em relação à utilização e manifestação de símbolos religiosos. Destes 3%, pergunto-me, quantos terão o conhecimento necessário para empreender uma tal análise? 1%, 0.5% de Portugueses?

Por parte dos 80% de católicos , a interpretação primeira destes dados seria: - Ora se somos tantos, que prevaleça a nossa vontade –(à boa maneira romana, que desde sempre teve um comportamento intrusivo por todos conhecido). Ou melhor, de uma maneira mais moderna em que se aceita os outros credos – Ora todos podem manifestar-se -. Mas no fundo, os que afirmam isto pensam. – Coitados, acreditam em deuses que são um dispara-te. Vamos dar uma oportunidade de liberdade a estes infiéis –.

Destes 80% de católicos, pergunto-me qual a percentagem que escolheu por vontade própria o seu caminho? Ou será que a maior parte não teve outra oportunidade para a compreensão dos mistérios devido ao sufoco por parte da igreja?

Para vermos bem, pergunto, quantos portugueses têm a capacidade de compreender o que é um símbolo, e qual a sua importância como forma mental? Quantos têm a capacidade de compreender o potencial da utilização de um símbolo e os seus efeitos tanto para o “bem” como para o “mal”? quais os mistérios velados pela cruz? Por acaso a cruz não existia antes de Cristo? É a cruz um símbolo da ideologia cristã ou será um símbolo universal no universo mental? Se a igreja é somente uma parte, porquê atribuir o ideal do catolicismo à cruz, tentando com isso fazer do todo uma parte?

Quando a mentalidade Humana conseguir compreender a universalidade do símbolo e dele conseguir discernir toda a sua potência, aí sim, sou defensor de que pintem tudo de símbolos, inclusive o símbolo de mercúrio na testa de certas individualidades.

Mem Gimel

2 Comments:

Blogger isabel mendes ferreira said...

"os humanos estão loucos".




BEIJO.

3:46 da tarde  
Blogger Crepúsculo Maria da Graça Oliveira Gomes said...

Falas muito bem como um sábio quem sabe se serás mesmo?.

11:00 da manhã  

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