terça-feira, janeiro 03, 2006

Espirito Santo

Mais um ano tem o seu início, 2006. Os meus votos são: que todos tenhamos a capacidade de compreender para sabermos julgar.

Muitas vezes questiono-me se valerá a pena desviar o olhar das pessoas da forma para o pensamento. Muitas dessas vezes chego à conclusão que o obvio é o mais difícil de ver e que a Humanidade procura um Deus numa equação quando Deus é um sorriso de uma criança. Então, sinto a vontade de deixar de ser um átomo que se agita e se faz notar por se mover de forma diferente e no silêncio, para mim e para e para quem me é mais próximo, empreender a aventura do conhecimento.

Para muitos, temas levantados neste espaço são pura loucura ou pura filosofia, mas o que é certo é que pelo menos uma vez já nos perguntámos de onde viemos e para onde vamos. Mesmo assim, mesmo que não compreendido fico com a satisfação de ter deixado um pequeno contributo no caminho evolutivo da Humanidade.

Uma coisa é certa, como Descartes disse, e muito é o mistério que está encerrado nesta frase “Penso, logo existo” se existimos e olharmos para a nossa evolução e para a evolução do universo vemos que tudo teve origem da mesma singularidade e que a vários patamares tudo apresenta o seu parentesco. Vemos que a matéria não surge do nada e mesmo o nada já é alguma coisa, ou seja, tudo se estrutura de forma vibracional de maneira a que a evolução se processa. Que evolução é esta? Os corpos alteram-se, mas o que se mantém eterno são as leis que os governam. Assim tem sido ao longo da evolução do universo.

Se repararmos em nós Homens, vemos que tal como o universo que nos rodeava se ia alterando, assim os nossos corpos se foram alterando e juntamente com eles a maior de todas as evoluções, a consciência. È esta a mais misteriosa obra da natureza que possibilita a união do Homem com a criação.

A ideia que o Homem tem do mundo, a forma como o vê e como o encara está directamente relacionada com o grau evolutivo da sua mente. Primeiro surgiu o estado instintivo, hoje toma o lugar do sub consciente, actualmente o homem atravessa o estado consciente ou mental. Os mesmos princípios que desde o inicio se manifestaram, tiveram ao longo da evolução Humana varias explicações, todas elas incompletas, sendo algo de novo acrescentado à medida que o conhecimento do Homem evoluía. Uma manifestação adquiriu o papel de deus no passado, de energia no presente e o que será no futuro?

Este mistério já era entendido pelos Templários, esta ordem tão incompreendida e tão perseguida, que D. Diniz teve a sabedoria de converter na Ordem de Cristo. Esta Era, ou este estado da mente Humana, já era aguardada nessa altura, é a era do Espírito Santo, um dos seus nomes, a era mais temida por Roma, porque a quando da sua vinda, toda a estrutura que representa a igreja irá cair por terra.

Duas partes do cérebro Humano estão em funcionamento, activadas ao longo da evolução mas uma outra aguarda para ser activada, esta parte é o superconsciente e quando a Humanidade a alcançar, os princípios irão adquirir novos nomes e o contacto do Homem com o divino será consciente e compreendido.

Não me compete a mim explicar, mas sim a cada um o desejo de compreender. E está na vontade de conhecer, aliada ao alimento do espírito que se encontram as escadas que nos levam ao desconhecido.

Muito já foi dito, a verdade compete a cada um descobrir.

Mem Gimel

8 Comments:

Blogger Lord of Erewhon said...

Os teus textos são a mistura insólita entre a vontade de conhecer e a leveza discursiva acerca de temas dos quais tens uma informação muito incompleta.

9:05 da tarde  
Blogger Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) said...

La mente es nuestra mejor aliada para contribuir a la evolución. Pero la evolución también se tiñe con síntomas de locura.

La mente, como la sabiduría, es cada vez más inescrutable. E inalcanzable. Un abrazo.

10:50 da tarde  
Blogger isabel mendes ferreira said...

E É TÃO FÁCIL....JULGAR....mal....:)
beijos. a julgar BEM!

11:20 da tarde  
Blogger Kisa said...

apenas um pequeno reparo: foi Renée Descartes que disse o «Penso logo existo» e não Sócrates. Sócrates é o do «conhece-te a ti próprio», o que não deixaria de ser adequado ao post

9:03 da manhã  
Blogger Logos said...

Saudações a todos

Antes de mais, obrigado kisa pela correcção.

Isabel, a si, um beijo e mais um obrigado pela sua presença.
Numa discussão que tive no fim de semana, um dos tópicos foi a avaliação por parte de nós Homens se determinado ser é “mau” ou “bom”. É muito difícil fazer este tipo de avaliação pois esta está sujeita a ideias pré concebidas.
Que tenhamos a capacidade de ser sempre como Salomão.

Pinto Ribeiro, obrigado pela sua presença e um abraço.

Olá anátema.
Não descobrir as leis, não significa que não as possamos compreender. Alguém antes de nós o fez e revelou perante nós a sua aplicação e o pouco conhecimento que temos acerca dessas leis permite que possamos usufruir para o bem e para o mal das mesmas. Imaginemos as leis electromagnéticas. Maxwell teve os louros de revelar a ligação entre electricidade e magnetismo, mas nós, a toda a hora utilizamos a electricidade e as suas propriedades. Não temos o conhecimento das equações, mas possuímos o conhecimento suficiente para compreender o mundo de uma outra forma e assim evoluir.

Lord of erewhon.
Obrigado pela sua critica.
Sou obriga a tê-lo como um sábio, pois por entre poucas linhas do meu pensamento consegue almejar tudo aquilo que conheço ou não.
Estive a ler alguns dos seus posts e de acordo com o meu pouco conhecimento permita-me fazer um reparo.
O império da Babilónia e o império Persa não são o mesmos. Para além disso o misticismo judaico foi muito mais enriquecido pelo misticismo babilónico do que com o persa.
Entre 598 AC e aproximadamente 562 AC o povo Judaico sofreu três grandes incursões por parte do povo caldeu, povo que habitava na região conhecida por Babilónia. Em 539 AC, o rei da Pérsia, Ciro, o grande, derrota o rei Nabonides e conquista a Babilónia. Este permite que o povo judeu que se encontrava em cativeiro retome à sua pátria. O império persa por sua vez começa a desmoronar quando a partir de 333 AC Alexandre o grande começa a conquistar a região.

Um abraço e volte sempre.

1:49 da tarde  
Blogger Que Bem Cheira A Maresia said...

Vim ler-te e renovar votos de um Feliz 2006.

Beijo da Lina/Mar Revolto

5:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

E que a fonte de cada dia não seja a sapiência de que nos julgamos detentores, mas sim o alento das descobertas de cada passo... Um beijo :)

2:08 da tarde  
Blogger Logos said...

Um beijo

Gnose

2:28 da tarde  

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