quinta-feira, outubro 19, 2006

Ciência Universal


Quantas vezes alguém já se questionou quem é?
Quantas vezes já tentaram encontrar essa resposta?

A maior parte das pessoas diz que, É. Este Ser, para as mesmas começa pela individualização que o seu Nome lhes confere. Para provar isto, é chegar perto de alguém e perguntar a essa pessoa quem ela é. O que esta responde? Eu Sou, O José, a Ana, O Manuel, A Sofia.... Em seguida, conseguem individualizar e caracterizar um pouco mais de si mesmos através dos seus gostos, preconceitos, experiências, etc, agindo de acordo com os mesmos. Conseguem formar grupos de indivíduos semelhantes e dizer: eu sou Poeta; Eu sou Musico; eu sou Cientista; etc, etc;

No fundo o que é Ser?
Para a maioria das pessoas, o que escrevi anteriormente é o Ser, mais erradas não poderiam estar. Ultrapassando os conceitos da Psicologia, ultrapassando os conceitos da Filosofia, chegamos ao verdadeiro portal da verdade, à ciência universal ou cósmica, transmitida a todos os que se propõem morrer e renascer diariamente.

Cerca de 80 % e notem bem, 80 % da actividade mental é processada pelo sub consciente e é aqui que a personalidade está enraizada. E o sub consciente é o mundo dos símbolos; imagens, sons, cheiros, estes “constroem” aquilo que a maior parte das pessoas diz que é, pois bem, o que se constrói, também se destrói e assim sendo onde se encontra o ponto da unidade?

Uma chave é dada pela analogia da seguinte reflexão, pensem nas duas primeiras pessoas dum verbo: Eu, Tu. A junção das duas origina a primeira pessoa do plural, se for esse Eu a dizer seria Nós. Pois bem, em vez de dizerem Nós, digam EU, e Façam desse EU a unidade que contem tudo, que na sua manifestação se separa nas potencias essenciais à mesma manifestação Eu e Tu.

O Eu que a maior parte do Homem diz ser é somente o reflexo em algo que é o Tu e é isso que o sub consciente faz; comparações. O Verdadeiro SER situa-se entre o Ser e o Não Ser.

A compreensão desta ciência torna a ciência do mundo em que vivemos, una com a ciência do mundo interior, ou mística.

Neste ponto falharam as grandes religiões, todas elas condenadas a caírem, embora tenham ensinado algo de novo ao Homem, não entregaram o Homem ao HOMEM mas sim colocaram-se entre Ele e a verdade que existe no seu interior.

Polarizaram e ajudaram a polarizar o mundo e quando se toma parte de uma das partes, assim sim, cometem-se as maiores atrocidades. Imaginem o que é um projector se não tiver uma superfície onde projectar a informação que a sua luz transporta? Imaginem a utilidade da luz sem a existência da escuridão. O “mal” no verdadeiro sentido da palavra e a tomada de qualquer das partes.

Esta ciência universal, no mundo ocidental, ao contrário do mundo oriental, foi obrigada a caminhar pelas sombras, devido aos delírios, interesses, sede de poder e domínio, daqueles cuja função era ensinar o Homem e não prender o Homem e claramente acuso e aponto o dedo a uma das partes que se julga o todo, Catolicismo.

Nos dias de hoje vemos uma crescente recorrência ás componentes físicas do misticismo Oriental e até mesmo aceites e reconhecidas, sejam elas o Yoga, Reiki, acupunctura, etc e um interesse por Budismo, Taoismo, etc, embora trazendo frutos aos ocidentais que as pratiquem, nunca revelarão o seu esplendor, uma vez que como sistemas simbólicos que são, são talhados para mentes orientais e toda uma cultura de séculos que um ocidental não possui.

Se conseguirem transcender aquilo que tomam como verdade, irão encontrar tudo aquilo que procuram.

Tudo tem explicação e a primeira tarefa é morrer interiormente e acreditar que o esforço será sempre recompensado.

Mem Gimel

11 Comments:

Blogger isabel mendes ferreira said...

____________quantas e quantas vezes....
Tantas.


e ainda sem a Resposta.


Beijo.

(obrigada)

6:52 da tarde  
Blogger eddy said...

"de nada me serviria inventar outra vez o rio das palavras, de nada me serviria saber a geometria exacta dos cristais, ou redesenhar o corpo e aperfeiçoá-lo.
fico assim, inerte, à beira da noite...olhando o brilho da lua jorrando águas" (Al Berto, Morte de Rimbaud)

Não procurar para encontrar!!

um abraço

8:50 da tarde  
Blogger Logos said...

Olá Isabel

Olá Eddy

Grande verdade, Diz Al Berto, embora numa primeira leitura o leitor seja transportado para um mundo de melancolia nocturna e depressiva, entre linhas lê-se uma verdade mística, um contacto com uma entidade que os Egípcios deram o nome de Heru-pa-khered e os Gregos traduziram como Harpocrates, Deus do Silêncio, não o silêncio como se entende, mas o silêncio que é o espírito que vagueia, o arquétipo do puro cavaleiro errante, capaz de responder a todos os enigmas.

Assim, na pesada noite Saturnina, na morte exterior, a vida fervilha no interior.

12:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Nesta sexta-feira ao som cadente da chuva que embala, visito as páginas que mais aprecio e cuja qualidade sempre me atrai. Parabéns e bom fim-de-semana, pois aqui descanso meus olhos no teu magnífico blogue. Só ficava a perder se não viesse espontaneamente visitá-lo.

3:38 da tarde  
Blogger Logos said...

Obrigado Jofre

Mesmo muitas vezes questionando-me a mim mesmo porque é que escrevo, chego sempre à mesma resposta. Fraternidade Universal.

Uma Obra completa é aquela que cada um opera dentro de si e que cada um opera no mundo. Se recebemos, devemos dar, pois somente assim temos o direito de exigir. Devemos preparar o terreno para aqueles que saibam mais do que nós e isto faz-se partilhando o insignificante que possamos saber.

Assim, espero deixar uma marca da minha presença no mundo, mesmo que pequena seja, assim um dia poderei dizer aquilo que fiz por mim, fiz por alguém.

Um grande Abraço

Um bom fim de semana também para si, Para si Isabel e para si Eddy.

6:38 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Passei entre as palavras e levo-as um pouco para mim...

Um beijo.

9:42 da tarde  
Blogger Logos said...

Uma analogia interessante entre aquilo que somos e o que julgamos ser é dada pelo seguinte exemplo:
A escala de calor. 20º C. É quente ou é frio? Em relação a -30º C é muito quente e em relação a 100º C é frio. Agora tomemos um factor de personalidade, por exemplo o Paternalismo e façamos uma escala e digamos o quanto Paternais nós somos. O que podemos dizer de nós mesmos? Como o exemplo da temperatura necessitamos de um termos comparativo. Assim sendo, mesmo que pensemos que somos um ponto fixo da escala, temos a perfeita consciência que esse ponto pode alterar. Quantas e quantas experiências que se vivem, não alteram a nossa forma de “ser”? Bem, se esta alteração acontece, é porque a nossa unidade não se encontra na personalidade, ou seja o nosso verdadeiro ser está para além do ponto da escala. Se nos considerarmos ponto, vivemos comparativamente, mas, podemos pela força de vontade colocarmo-nos fora da escala, com o poder suficiente para mover o ponto do factor da nossa personalidade de acordo com a avaliação que fazemos da situação. Então, aquilo que somos passa para um patamar superior e temos uma mudança de consciência tanto em nós, tanto para com o mundo.

1:10 da tarde  
Blogger Logos said...

Atribuir o conceito de dogma de fé, a meu ver está errado. Um Dogma, leva-nos a ter como verdade um facto que na impossibilidade de ser demonstrado ou vivido é tomado como uma certeza inquestionável.

Este cruzar de abismo, este salto entre a visão comparativa e a visão absoluta, é possível. No entanto, a consciência absoluta tem de ser educada no mesmo sentido que a consciência racional o é durante toda a nossa existência. Se assim o for, a visão da ciência é una com a visão interior.

Se pensarmos um pouco, vemos que o conceito de Deus que é vendido às massas pelas religiões de Abraão, situa-se neste abismo (personalidade – Escala – polarização e a “supra-escala” – união – universalidade), o transcender de “nós” mesmos. Daí que para a maioria das pessoas o agarrar deste conceito parece um tanto ao quanto alucinante, e sem sentido, pois a sua consciência toma “eles” mesmos como limite. Acima “deles” só o hipotético Deus.

6:42 da tarde  
Blogger O Micróbio II said...

Diria que alguém estará com alguma crise de existencialidade... eu tenho mais presente o "princípio da não contradição"...

2:44 da tarde  
Blogger Logos said...

Ora Viva Sr. Carlos.

Com toda a certeza Sr. Carlos. Imagine o Sr o que seria, por exemplo, o Homem no seu perfil actual, se do Homem das cavernas, se pelo menos um deles, um dia não tivesse posto em causa aquilo que era e quisesse ser algo mais? Ou se o Povo PORTUGUÊS um dia não tivesse posto em causa aquilo que era e não se tivesse lançado ao Mar? Por vezes as crises de existencialidade impulsionam a Humanidade. E provavelmente aquele que não se contradiz nunca encontrou uma verdade, se bem que por vezes o apontar da contradição caminha de braço dado com a incapacidade de compreensão daquele que a aponta.

12:42 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

a ciencia universal não e ao fim e ao cabo ciencia..... mais bem nao e nada, nem a ausencia dele........a contradicao e tao valida como a coerencia, pk na verdade ambas sao manifestações de um ego, que ainda nao e feliz na sua pekenes...
assim como para 1 se levantar e preciso 1º cair, tambem para aprender e preciso reconhecer a nossa ingnorancia.....
preferirei mil vezes contradizer-me seguindo aprendendo, do que ser coerente na minha ignorancia..... enquanto eu for o meu ego, seguirei perdendo, mas se e kd eu for nós, que o eu nao deixe de existir como capa com que me protejo, pk ainda vivemos num mundo em que mandam os cegos por so olharem pra fora

1:36 da manhã  

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