sexta-feira, junho 02, 2006

Sangue

O Fruto deixa o rasto de sangue.
Rompeu o véu pela vontade de vir a ser.
É mais velha a Alma que grita
do que o corpo que as horas deixam transparecer.

Dois irmãos geram o mesmo corpo.
O mesmo corpo contém dois irmãos.
Gera o Pai o filho e o filho não gera o filho.
Gera o Pai o filho e o filho trata o filho por irmão.

Dois irmãos que as núpcias uniram.
Dois irmãos que um filho conceberam.
A terra, assim, o sangue bebeu
e sob as mesmas colunas o filho morreu.

Mem gimel

1 Comments:

Blogger isabel mendes ferreira said...

hum....sangue. criativo!




beijo.

2:22 da tarde  

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