segunda-feira, novembro 08, 2004

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Os números encerram mistérios. Quantas verdades estão por detrás da barreira racional que a imagem imediata de um número forma na mente Humana? Muitas verdades, afirmo eu. Muitas delas desvendadas por um simples tropeçar do acaso, outras, reveladas pela gnosis de uma meditação.

Já alguém disse que tudo são números, talvez! Será a essência do amor, a origem desse processo de alteração em nós próprios e nos outros, um número? Que escolha teríamos nós, o zero ou o infinito?

Ao escrever estas linhas, entrei numa das salas da minha mente. Dirigi-me até à estante que dizia medidas, retirei um livro que continha inúmeros cálculos, todos eles justificados. Abrindo na ultima folha, deparei-me que esta estava em branco, meditei um pouco e da árvore da vida colhi um fruto, uma ideia.

Todo o comprimento é dado por um ponto inicial e um ponto final, todo e qualquer ponto contido nesta linha só é conhecido como fazendo parte desta, se conhecermos o ponto onde a linha termina.
Provavelmente louco, ou simples por estar a pensar numa coisa que todos conhecem, mas, a simplicidade encerra também ela muitos mistérios.

Se nós nascemos num zero e morrermos num oitenta ou noventa, se pensarmos de acordo com o raciocínio anterior, o nosso futuro, o nosso amanhã só será totalmente compreendido quando tivermos a certeza e a consciência da nossa morte. Utilizando uma frase de uma voz da rádio “vale a pena pensar nisto”.

Sem me querer afastar mais da minha intenção, quero partilhar com o mundo a felicidade que a magia do número oito provoca em mim. Segredo selado pela existência de um mendigo, numa cidade abençoada pelo toque de Dionísio.

Pelo código de um número, alguém poderia escrever 93, lançando um véu na palavra Ágape, o sentimento supremo do amor.

Amo-te, é o sentimento que voa para os olhos de quem compreende, de quem um dia quebrou os grilhões do passado e com a coragem de uma Amazona se transformou na Fénix da sua própria vida. Do bater das suas asas, na sua subida para um novo céu, para um novo horizonte, destaco o orgulho, a alegria e o amor que sinto em ver o esplendor do seu voo.

Se tudo for números, então escolho ser o infinito, para infinitamente oferecer-te do cálice da minha vida a mais cristalina das águas, para que o teu corpo nunca sinta sede nem queime sobre o mais mortal dos desertos, Ágape.


Will It’s Power
Mem Gimel

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O que hei-de escrever? Não sei o que te posso responder, depois de ler um texto destes...acho que a única coisa que te posso dizer é que, por mais gelida que eu seja, tu és das raras pessoas que conheci ao longo da minha vida, que me toca cá entro. E me toca de uma forma que mais nenhuma outra conseguiu ou quis tocar, e perante esse amor que me dás e que eu te dou em troca (mesmo sentindo, que tudo o que te poderei dar um dia é pouco, em relação, ao que me dás)só te posso agradecer. Agradecer-te, por no dia em que eu estava mais sozinha e triste, teres olhado para mim...e ainda continuares a olhar da mesma forma, com a mesma meigice e carinho. Amo-te :P

3:46 da tarde  

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