sábado, novembro 06, 2004

Templo


O amor é o que nos coloca no mar das duvidas.
Com a dor pisamos em terras firmes de certezas.
Com as certezas atingimos o estado máximo do amor, a contemplação, que se situa entre a espuma das ondas e a areia molhada.

Se alguém conseguir travar no ponto central deste processo harmónico, encontrará o caminho perpétuo que sempre existiu mas nunca foi visto, pois este situa-se sempre perpendicularmente ao caminho óbvio que a mente toma.
Quem conseguir travar esta mola, poderá saltar para uma nova estrada onde não se ama nem se sofre, apenas se entende.

Este é o caminho do Templo dos Homens, o caminho no qual nós temos a consciência do nosso caminho na construção da memória colectiva da Humanidade, onde cada pedra da calçada foi uma vida que morreu por nós, onde cada pedra do Templo foi uma vida que morreu por nós, onde os nossos passossão guardados para evitar que escorreguemos, e para onde irá o nosso corpo fisico, para que possamos guardar os passos de outros na direcção do ponto singular mas infinito que é a consciência que repousa no altar da Humanidade e que é a contribuição dos espiritos que com bravura impeliram o movimento da mola harmónica da vida, mesmo que não soubessem que o estavam a fazer.

Quando chegardes à entrada e olhardes para a singularidade ireis sentir-vos esmagados pelo peso da simplicidade, pelo peso de não terdes palavras para explicar o que mais simples existe na Humanidade, que é a sua propria existência.


Will It's Power
Mem Gimel

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Saudações.
Que posso eu dizer...Para além de um obrigado.
Tens razão no que dizes...mas o problema reside por vezes em parar essa mola...mas como se diz...um pouco de esforço ajuda muito.
Agradeço-te muito.
Blessings by the Dark Mother of all Demons.

11:30 da manhã  

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